Artigo: Tratamento da dor miofascial com agulhamento a seco: uma revisão sistemática para as melhores práticas baseadas em evidências em lombalgia
Autores: Fabíola Dach, Karen S. Ferreira
A dor lombar é uma das queixas de saúde mais comuns em todo o mundo, uma condição que afeta milhões de pessoas, gerando custos médicos elevados, absenteísmo no trabalho e uma queda significativa na qualidade de vida. Embora as causas possam ser variadas, uma fonte frequente e muitas vezes subdiagnosticada desse incômodo é a síndrome dolorosa miofascial. Essa condição é caracterizada pela presença de pontos-gatilho — popularmente conhecidos como “nós” — que são áreas hipersensíveis e tensas dentro de uma faixa muscular. Quando pressionados, esses pontos não só causam dor local, mas também podem irradiar dor para outras áreas do corpo.
O tratamento para a dor lombar miofascial é vasto e inclui desde exercícios físicos e massagens até o uso de medicamentos como relaxantes musculares e antidepressivos. No entanto, nos últimos anos, uma técnica minimamente invasiva tem ganhado destaque em clínicas de fisioterapia e de dor: o dry needling, ou agulhamento a seco. A técnica consiste na inserção de uma agulha fina, semelhante à de acupuntura, diretamente no ponto-gatilho, sem a injeção de qualquer substância. O objetivo é mecânico: desativar o ponto de tensão, restaurar a circulação sanguínea local, reduzir a inflamação e, consequentemente, aliviar a dor.
Mas, com a crescente popularidade, surge a pergunta inevitável: o dry needling é realmente eficaz? Para responder a essa questão com base nas melhores evidências científicas disponíveis, pesquisadoras da Universidade de São Paulo (USP) e do Hospital Suroit, no Canadá, conduziram uma rigorosa revisão sistemática, publicada no periódico Arquivos de Neuro-Psiquiatria. Este artigo se propõe a desvendar os achados dessa importante pesquisa, traduzindo a linguagem científica para informações claras e práticas sobre o papel do agulhamento no tratamento da dor lombar.
Uma Análise Profunda: Como os Cientistas Avaliaram as Evidências

Para separar o joio do trigo no vasto campo da pesquisa médica, os cientistas utilizam uma ferramenta poderosa chamada revisão sistemática. Em vez de realizar um novo experimento, eles reúnem, avaliam e sintetizam os resultados dos melhores estudos já publicados sobre um tema. É como montar um quebra-cabeça gigante, onde cada peça é um estudo de alta qualidade, para revelar a imagem mais completa e confiável do conhecimento atual.
Neste caso, as pesquisadoras focaram em dois tipos de estudo considerados o “padrão-ouro” da evidência científica: as metanálises (que combinam estatisticamente os dados de vários estudos para chegar a uma conclusão mais robusta) e os ensaios clínicos randomizados (onde os pacientes são aleatoriamente divididos em grupos para comparar um tratamento com outro).
A busca foi realizada nas principais bases de dados científicas (PubMed/Medline e PEDro) por artigos publicados entre 2000 e 2023. O processo de seleção foi meticuloso:
- A busca inicial identificou 509 artigos potencialmente relevantes.
- Foram descartados 70 artigos publicados antes de 2000 para focar nas evidências mais recentes.
- Dos 439 restantes, 347 foram excluídos por não serem metanálises ou ensaios clínicos.
- Dos 92 artigos de alta qualidade que sobraram, outros 86 foram removidos por não tratarem especificamente de dry needling para dor lombar miofascial, estarem em outro idioma ou serem duplicados.
Ao final deste rigoroso funil, restaram seis estudos-chave: duas metanálises e quatro ensaios clínicos randomizados. Foram esses seis pilares de evidência que formaram a base da revisão.
Os Resultados: O que os Estudos Revelaram?
Achado | Detalhes |
---|---|
Alívio da Dor | O agulhamento a seco é eficaz para reduzir a dor e a rigidez muscular em diversas partes do corpo. É um procedimento efetivo para dor miofascial em pacientes com dor lombar aguda e crônica. Geralmente, seu efeito na melhora da intensidade da dor é superior a outros tratamentos no curto prazo. |
Contexto da Dor | Os efeitos são mais positivos na redução da dor em atletas que sofrem de lesões ou dor pré-existente. Para atletas saudáveis em recuperação pós-exercício, os resultados sobre a dor são bastante variados e inconsistentes. |
Desempenho Atlético | A análise sugere que a técnica pode não oferecer vantagens significativas para a melhoria do desempenho funcional em atletas. Os efeitos sobre a força muscular e adaptações fisiológicas são limitados. |
Função e Mobilidade | Em atletas com lesões ou dor, melhorias no equilíbrio e na amplitude de movimento são benefícios comumente observados. A técnica pode aumentar a mobilidade da coluna e a qualidade de vida em pacientes com dor lombar. |
Variáveis de Tratamento | Agulhas de maior diâmetro podem ser mais eficazes para diminuir a intensidade da dor em pacientes com dor lombar. A combinação do agulhamento a seco com outros tratamentos, como fisioterapia ou educação em neurociência, pode ser mais benéfica do que a monoterapia. |
Efeitos a Longo Prazo | A eficácia a longo prazo não é clara. Os resultados nos períodos de acompanhamento (follow-up) variam entre os estudos, indicando a necessidade de mais pesquisas para esclarecer os benefícios duradouros. |
A análise desses seis estudos de alta qualidade permitiu traçar um panorama claro sobre a eficácia do dry needling quando comparado a uma variedade de outras terapias, como acupuntura, agulhamento placebo (sham), terapia a laser, fisioterapia convencional, injeções de anestésico local e compressão isquêmica.
As Grandes Revisões (Metanálises)
As duas metanálises, que juntas avaliaram dados de mais de 2.000 pacientes, trouxeram conclusões muito semelhantes e importantes:
Eficácia a Curto Prazo: Ambas as revisões concluíram que o dry needling é superior a outras terapias (incluindo o placebo e a acupuntura) na redução da intensidade da dor e da incapacidade funcional logo após o término do tratamento. Pacientes que receberam o agulhamento relataram sentir menos dor e maior capacidade para realizar suas atividades diárias no curto prazo.
A Incerteza do Longo Prazo: Este é o ponto mais crítico. Embora o alívio imediato seja notável, os benefícios a longo prazo são incertos. Nos estudos que acompanharam os pacientes por semanas ou meses, a vantagem do dry needling sobre outras terapias tendeu a diminuir ou desaparecer completamente. Isso sugere que o efeito mais robusto da técnica pode ser de curta a média duração.
O Poder da Combinação: Uma das metanálises revelou que combinar o dry needling com outras abordagens terapêuticas — como fisioterapia ou educação em neurociência da dor — pode ser ainda mais eficaz para reduzir a intensidade da dor do que usar o agulhamento isoladamente.
Os Estudos Individuais (Ensaios Clínicos)
Os quatro ensaios clínicos randomizados forneceram detalhes ainda mais específicos sobre como e por que o dry needling funciona:
- O tamanho da agulha importa? Aparentemente, sim. Um estudo comparou agulhas de três diâmetros diferentes (0.25mm, 0.5mm e 0.9mm) e descobriu que a agulha de maior calibre (0.9mm) proporcionou uma redução de dor significativamente maior após três meses de acompanhamento. A desvantagem é que a aplicação foi mais dolorosa, embora os pacientes tenham demonstrado disposição para repetir o tratamento.
- Educação como aliada: Outro estudo testou o efeito de adicionar sessões de educação sobre neurociência da dor ao tratamento com agulhamento. O resultado foi que, embora ambos os grupos tivessem melhora na dor, o grupo que recebeu a educação teve uma redução muito maior na cinesiofobia, o medo paralisante de se movimentar por receio de sentir dor.
- Superioridade sobre outras terapias: Em comparações diretas, o dry needling se mostrou mais eficaz que a terapia com “cross-tape” e a compressão isquêmica (uma técnica de pressão manual sobre o ponto-gatilho), resultando em maior alívio da dor, melhora na mobilidade da coluna e na qualidade de vida dos pacientes.
Discussão: Traduzindo a Ciência para a Prática Clínica
Com base nesses resultados consistentes, a revisão conclui que o dry needling é, de fato, um procedimento eficaz para o tratamento da dor lombar miofascial, tanto aguda quanto crônica. Seus principais pontos fortes e as dúvidas que ainda persistem podem ser resumidos da seguinte forma:
- ✅ Reduz a dor e a incapacidade de forma significativa no curto prazo, superando placebo, acupuntura e outras terapias.
- ✅ Pode melhorar a mobilidade da coluna e a qualidade de vida, como demonstrado em ensaios clínicos.
- ✅ A combinação com outras terapias, como fisioterapia e educação, parece potencializar seus efeitos.
- ✅ O uso de agulhas de maior diâmetro parece estar associado a melhores resultados, embora com maior desconforto inicial.
- ❓ A eficácia a longo prazo ainda é uma incógnita. Os estudos mostram resultados variados no acompanhamento, sendo esta a principal área que necessita de mais pesquisas.
Mecanismo | Descrição |
---|---|
Ação Mecânica e Local | A agulha é inserida no músculo para romper mecanicamente o tecido muscular e os pontos-gatilho (TrPs). Isso pode desencadear uma “resposta de contração local” (local twitch response), que se acredita interromper a atividade disfuncional da placa motora associada à dor muscular crônica. O objetivo é restaurar a homeostase nos pontos-gatilho miofasciais. |
Modulação da Dor | A técnica estimula a liberação de opioides endógenos, como encefalinas e endorfinas, que atuam como analgésicos naturais do corpo. Também ajuda a reduzir a sensibilização periférica e central à dor. |
Efeitos Circulatórios e Químicos | O procedimento aumenta a circulação sanguínea local (hiperemia) na área afetada. Esse aumento do fluxo sanguíneo facilita a entrega de oxigênio e nutrientes, ao mesmo tempo que auxilia na remoção de resíduos metabólicos, promovendo a cicatrização dos tecidos. Isso ajuda a diminuir a inflamação local e a acidose (baixo pH) que estão associadas aos pontos-gatilho. |
Para Quem o Tratamento é Indicado?
Uma das implicações clínicas mais importantes destacadas pela revisão é o perfil do paciente que pode se beneficiar do dry needling. Por ser um tratamento de baixo custo, minimamente invasivo e com poucos ou nenhum efeito colateral importante, ele se torna uma excelente alternativa para grupos específicos de pacientes. Isso inclui idosos que já tomam múltiplos medicamentos (polifarmácia), pessoas com outras doenças que restringem o uso de analgésicos e anti-inflamatórios, ou pacientes que desenvolveram dependência ou abuso de opioides e buscam opções não farmacológicas para o controle da dor.
Conclusão: Um Tratamento Promissor com um “Mas” Importante
A mensagem final desta abrangente revisão científica é otimista, mas cautelosa. O dry needling se estabelece como uma ferramenta valiosa e com forte embasamento científico no arsenal terapêutico contra a dor lombar de origem miofascial. Sua capacidade de proporcionar alívio rápido da dor e da incapacidade, superando muitas outras abordagens no curto prazo, é inegável.
Contudo, o grande “mas” reside na durabilidade desses efeitos. A ciência ainda precisa responder com clareza se os benefícios se mantêm ao longo de meses ou anos. Portanto, o caminho a seguir é claro: são necessários mais estudos de alta qualidade, com um número maior de participantes e, crucialmente, com um período de acompanhamento mais longo. Essas futuras pesquisas serão fundamentais para estabelecer protocolos de tratamento definitivos e solidificar o papel do dry needling não apenas como um alívio passageiro, mas como uma solução sustentável para o problema crônico e debilitante da dor lombar.
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CRM-SP: 158074 / RQE: 65523 - 65524
Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Área de Atuação em Dor pela AMB. Doutorado em Ciências pela USP. Pesquisador e Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do HC-FMUSP. Diretor de Marketing do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAeSP). Integrante da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Secretário do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED). Presidente do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira de Regeneração Tecidual (SBRET). Professor convidado do Curso de Pós-Graduação em Dor da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Conselho Revisor - Medicina Física e Reabilitação da Journal of the Brazilian Medical Association (AMB).